Crítica: Percy Jackson e o Ladrão de Raios (2010) de Chris Columbus

“PERCY JACKSON E O LADRÃO DE RAIOS” (2010)



 Ao que parece, Chris Columbus gosta de dirigir filmes
sobre jovens heróis em grandes aventuras. Depois do sucesso mundial que foi
“Harry Potter” (cujos dois primeiros filmes estão sob seu comando), Columbus retorna
e inicia mais uma saga nos cinemas: “Percy Jackson e O Ladrão de Raios” que é
uma adaptação do livro escrito por Rick Riordan e que fez muito sucesso no
mundo todo. Vale apontar que houve uma pequena mudança no nome da saga, já que
originalmente o título é “Percy Jackson & os Olimpianos”.



O filme conta a história do jovem Percy Jackson (Logan
Lerman), que vive uma vida comum com sua mãe (Catherine Keener) e um padrasto
desprezível (Joe Pantoliano). Tudo parece normal até ele ser acusado por Zeus
de roubar o raio mestre, sua arma mais poderosa, o que faz com que Percy acabe
descobrindo sua verdadeira identidade: ele é um semideus, filho de Poseidon,
deus dos mares.

Além de Zeus, Hades, deus dos mortos está determinado a
encontrar o raio mestre e comandar o Olimpo, causando a destruição do mundo
real e, para isso, ele rapta a mãe de Percy com o intuito de atrai-lo. A partir
daí se inicia a jornada em busca da verdade onde Percy e seus companheiros
Annabeth, filha de Atena (Alexandra Daddario) e Grover (Brandon T. Jackson),
seu sátiro protetor, vão enfrentar criaturas mitológicas e a fúria dos deuses.


Bom, não tem como não falar da (grande) diferença entre o
livro e o filme, já que foi um fator negativo da visão de Columbus. Na opinião
desse mero cinéfilo que vos escreve, o verdadeiro ‘culpado’ talvez seja o
roteiro de Craig Titley, que cortou descaradamente cenas interessantes da
história e que, no livro, chegavam a deixar-nos boquiabertos e imaginar como
seria tal cena em um filme. Contudo, esse roteiro razoável reflete um
desenvolvimento até consistente. Ele não cansa, não é confuso e é divertido,
porém, não chega perto de ser tão atrativo e especial quanto é o livro. Os
efeitos visuais são bastante competentes e fazem jus à uma adaptação mitológica
voltada, principalmente, para o público jovem, trazendo à vida criaturas
populares como o Minotauro e a Hidra, além de outros monstros e uma boa dose de
magia.



Além do trio de ótimos jovens atores principais, vale
ressaltar e comentar o elenco de primeira que o filme reuniu: Sean Bean
interpreta Zeus, o deus dos raios; Rosario Dawson é Perséfone, deusa da
Primavera e esposa de Hades, interpretado por Steve Coogan; Pierce Brosnan faz
o papel do centauro Quíron; Uma Thurman, em mais uma de suas excelentes performances,
dá vida à Medusa e, por fim, o jovem Jake Abel interpreta Luke, filho do deus
Hermes e personagem crucial na história.

No fim das contas, “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” é
uma produção regular que conta, na minha opinião, com mais pontos positivos do
que negativos e prova de tal teoria foi sua bilheteria que surpreendeu e fez
com que sua nuvem de fãs crescesse monstruosamente ao redor do mundo. Agora,
resta-nos aguardar a sequência “Percy Jackson e o Mar de Monstros” que chega às
telonas logo mais em 3D e desta vez nas mãos do diretor Thor Freudenthal
(Diário de um Banana), deixando Columbus para a produção.



Nota: 6,0




Direção: Chris Columbus


Elenco: Logan Lerman, Alexandra Daddario, Brandon T. Jackson, Rosario Dawnson, Uma Thurman, Pierce Brosnan, Sean Bean, Steve Coogan, Kevin McKidd, Catherine Keener, Melina Kanakaredes, Joe Pantoliano.



Trailer:


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