CRÍTICA: Invocação Do Mal (The Conjuring) 2013 CRÍTICA EXCLUSIVA!

Eu acabei de assistir esse filme que eu esperava tão ansiosamente. Esse filme que recebeu imensa aprovação da crítica que o rotulou como “melhor filme de horror em anos” e “semelhante ao clássico máximo O Exorcista”, já está em exibição nos EUA há três semanas e só chega aqui na sexta-feira 13 do próximo mês de setembro. Lá fora ele já fez $108 milhões, o que é uma bilheteria inimaginável de tão gorda para um filme do seu gênero. 
Outro filme de terror badalado que apavorou plateias no início desse ano foi Evil Dead, que também foi muito elogiado, mas agora, coitado, foi totalmente chutado para escanteio, uma vez que só The Conjuring brilha como atração máxima do horror. E isso tudo só foi inflando e inflando minha ansiedade.

Comecei a assistir e depois que tinha passado os primeiros 15 minutos e eu só tinha levado um mini susto causado unicamente por um barulho alto, uma bobagem, eu já estava indignado. Por tudo o que eu tinha ouvido sobre o filme eu já esperava ter tido taquicardia, estar suando, gelado. Mas os minutos foram passando e eu entendi “qual é a desse filme”. Em uma frase? The Conjuring é um dos filmes de horror mais elegantes que já existiu. E isso é bom, é bom. Acredite.
Acompanhamos a estória desse casal que estuda e resolve casos sobrenaturais nos anos 70 e tudo é realmente baseado em um casal que existe (eles até fazem uma pontinha no filme). A trama se concentra no caso pesadíssimo que eles tiveram que lidar com a tal família de sete pessoas (pai, mãe e cinco filhas) que passam por momentos sobrenaturais terríveis quando se mudam para essa enorme casa afastada da cidade.
Eu classifico o filme como elegante porque passamos 1h45m submersos em um decente clima tenso, sem que nos intervalos entre um susto e outro tenhamos alguma jovem mostrando os peitos siliconados ou mesmo palavrões sendo gritados. A crítica estava certa. Ele nos arrasta de volta para os melhores exemplares de horror dos anos 60/70. E… Alguém dê uma indicação ao Oscar de melhor roteiro para esse filme pelo amor de Deus! Eu declaro o roteiro, a estória tão bem desenrolada, o ponto forte aqui.
TODOS os atores estão bem, o que para o gênero horror… Raro. Ouvi burburinho de indicação ao Oscar para a atriz Vera Farminga, a protagonista, e ela realmente tem aquela cena chave que toda indicada precisa ter, mas não sei… O fato é que esse filme com chance aí de chegar a $130 milhões arrecadados em solo americano e com críticas tão positivas chegar ano que vem sem nenhuma indicação ao Oscar parece impossível para mim. E eu já estou feliz de antemão por ver um filme desse gênero tão injustiçado no Oscar marcando presença lá. Enfim…
Aplausos para a fotografia, todo o visual impecável. Aplausos para o trabalho do diretor James Wan, seus movimentos de câmera inspirados. 
Depois de passada 1h10m de filme, o carrinho da montanha-russa desce de vez. Concordo com o crítico que comparou o clímax desse aqui com o do “O Exorcista”. Esse é o único filme até hoje que mais se aproximou do filme insuperável do gênero, “O Exorcista”… Ao mesmo tempo em que não se aproxima. Um pouco confuso, não?
Entenda… Eu nunca tive um susto honesto durante todo o percurso dessa tão prometida montanha-russa cheia de elogios. A atmosfera em si é excelente, mas na hora H… É o velho caso de crescer com expectativas altas demais.
Quando eu me assusto pra valer acontece algo curioso comigo. Minha visão escurece por alguns milésimos de segundo. Acredito que é algo instintivo. Isso aconteceu comigo quando assisti “O Chamado”, por exemplo. Mas aqui… Nem aquela urgência de não olhar diretamente para a tela eu tive. Não senti o pavor, imenso, terrível, gélido, anunciado.
O filme é bom! Eu quero assistir de novo! Mas é por conta da estória bem construída, pelo que senti mais como um drama misterioso do que um horror/suspense. 
Não espere encontrar aqui o susto nível master da sua vida… Mas assista para presenciar o filme de terror mais digno e elaborado com mais esmero que já nos foi apresentado em muito, muito tempo.
NOTA: 8 de 10

TRAILER

FOTOS


“Carolyn NÃÃÃÃOOOO!!! Essa é a sua filha!”
– Cena que justificaria a indicação ao Oscar para a ótima Vera Farmiga

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