FILMES NACIONAIS – Post sugerido por Alê Santis

Ela foi a felizarda que deu lá em nossa fanpage no facebook o “Like” de número 150 e assim venceu nossa promoção que dava o direito de escolha do tema para um post. Sabiamente nossa amiga escolheu o cinema nacional e então… Aqui vamos nós:
É indiscutível que o cinema brasileiro ainda passa por dificuldades e falhas. Interprete como dificuldade a falta de apoio e o baixo investimento nas produções. Interprete como falha o foco excessivo – repetitivo – em um único gênero. A comédia, por exemplo. O uso dos mesmo atores que trabalham no canal X. Mas também é indiscutível o avanço que esse cinema teve de uns anos pra cá. Grande aumento de bilheteria e, sim, podemos até dizer que avanço na qualidade de certas áreas. Assim, vamos recordar alguns daqueles que realmente merecem ser recordados e que nos dão aquela esperança de que no futuro serão apenas filmes de primeira – como esses – que veremos atingir os cinemas com o selo nacional.
SE EU FOSSE VOCÊ
A trama não é nem um pouco original, temos todos aqueles mesmo atores do canal plim plim,
mas o filme – assim como a sua sequência – merece reconhecimento por ser – na maior parte do tempo – uma comédia eficiente que de certa forma trouxe de volta para os cinemas brasileiros… Os brasileiros e também são filmes capazes de divertir a família toda sem apelar para as obscenidades e palavrões já típicos das nossas produções. Resumindo: o filme não é nenhum “E aí? Comeu?”… Felizmente.
NOSSO LAR
Fui assistir ao filme com expectativas lá no teto, por ser o filme brasileiro mais caro já feito – R$20 milhões – e por ter toda aquela aparência de efeitos visuais de primeira. Mas, pessoalmente, eu o considerei mergulhado em um ritmo arrastado e cansativo. Ainda assim… Foi o filme que iniciou toda essa onde de “filmes espíritas brasileiros” que sendo considerado um movimento positivo ou não, é inegável que é um episódio significativo para o nosso cinema.
OS NORMAIS
Também falo do filme original e da sequência – embora o segundo caia muito em qualidade. Eu sou MESMO difícil para comédias e no entanto essa dupla de filmes conseguiu arrancar de mim algumas risadas. Por ser baixo, por ser sem educação, intelectualmente pobre. É isso aí mesmo. E eles nunca tentam ser outra coisa. É divertido.
DE PERNAS PRO AR
Também uma série de dois filmes – três em breve – representa um ligeiro avanço no nível das nossas comédias que pelo visto não vão parar de se proliferar nunca. Ingrid Guimarães nasceu para fazer rir!
DIVÃ
E mais uma comédia… Essa no entanto eu me arrisco a classificar como a melhor comédia brasileira. É inteligente demais e quando quer emocionar tem um sucesso admirável. É um roteiro que eu idolatro e confesso aqui que não esperava declamar tal elogio algum dia para um filme brazuca. Além do mais, Lília Cabral é uma das quatro melhores atrizes que temos nesse país e ponto final.
TROPA DE ELITE
Sucesso absoluto, os dois filmes são mais que filmes. Eu costumo me referir ao segundo filme como algo que todo brasileiro deveria ver. Uma aula imperdível e vital.
O PAGADOR DE PROMESSAS
Um clássico. Foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro – pouquíssimas vezes o país esteve nessa posição. É uma obra que merece ser cultuada como é. Tem lirismo e beleza – a sempre bela beleza em preto e branco – para dar e vender.
CENTRAL DO BRASIL
Outro dos poucos que também nos representou no Oscar, essa é a produção inesquecível que traz aquela que, na minha humilde opinião, é a melhor atriz brasileira. A grande Fernanda Montenegro. A trama é emocionante e cheia de um visual árido e cru que enche os olhos. Nossa Fernanda brigou com consagradas atrizes americanas pelo Oscar de melhor atriz do ano. Não levou, embora eu ache até hoje que ela era mil anos luz melhor do que a real vencedora e sinceramente não imagino outra atriz brasileira repetindo tal façanha.
CIDADE DE DEUS
Fotografia de tirar o fôlego, edição inovadora, roteiro precioso e direção inspirada. Todas essas categorias que acabo de elogiar foram indicadas ao Oscar e o filme só saiu mesmo de mãos vazias da premiação porque naquele ano “Senhor dos Anéis” levou tudo que podia e o que não podia. Mas o filme frequentemente aparece em listas de melhores filmes de todos os tempos e ao mesmo tempo que nos dá orgulhos nos faz refletir “Por que simplesmente não podemos prosseguir NESSE padrão de qualidade?”
À DERIVA
Pode parecer estranho que eu encerre logo com esse filme que certamente é desconhecido por muito mais da metade da popoulação nacional? Pode. Mas eu só me mantenho de pé aqui para declarar que esse é o meu filme BRASILEIRO FAVORITO de todos os tempos. E eu não sou fã do cinema nacional. Pronto. Confessei. Mas a trilha sonora que temos aqui, a fotografia, o roteiro… É tudo tão bom. Mil vezes melhor do que tanta coisa que vem lá de fora. É um filme simples, sem explosões e pirotecnia, que apenas se apoia nos dilemas do ser humano e se torna uma joia rara por conta disso.
TAMBÉM DEVEM SER LEMBRADOS:
2 COELHOS… Por seu roteiro, estrutura e efeitos especiais inventivos que farão o filme, inclusive, ganhar um remake americano.

LULA, O FILHO DO BRASIL… Por ter sido brevemente o filme nacional mais caro – R$17 milhões – e por contar com aspectos técnicos primorosos. Sua trilha sonora em especial.
CHICO XAVIER… Por ter sido outro grande nome do movimento “cinema espírita nacional”.
CAZUZA, O TEMPO NÃO PARA… Por ser um exemplo de uma biografia levada para as telas de forma eficiente e apaixonada.

LIXO EXTRAORDINÁRIO… Por ter sido um documentário indicado ao Oscar e ovacionado pelo mundo inteiro.


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