Crítica: Show de Vizinha (2004)







Com o gigantesco sucesso da trilogia inicial de American Pie, com suas piadinhas pesadas e temática sexual; chegou aos cinemas e aos DVDs uma verdadeira enxurrada de filmes adolescentes do tipo. Mas poucos foram realmente  bons. E um dos melhores títulos foi este Show de Vizinha. A trama traz o certinho e futuro político Matthew (Emile Hirsch em início de carreira, mais tarde ele seria o Speed Racer), que fica perdidamente apaixonado (e digamos, tarado) pela sua estonteante e indisciplinada vizinha nova. A descoberta de que ela faz parte do mundo do entretenimento adulto divide ele: por um lado será ótimo ter uma relação sexual com ela, mas por outro ele a ama. Nesta confusão, onde seus amigos fazem pressão, há a participação de diversas pornstars e o antigo empresário dela atrapalha, se desenrola uma boa comédia estadunidense. 







Emile Hirsch entrega a típica atuação básica de um jovem virgem e atrapalhado. O empresário é vivido pelo hilário (e com cara de louco) Timothy Olyphant (o Hitman – Assassino 47). Chris Marquete e Paul Dano são os insanos e manés amigos de Matthew. Principalmente Dano tem a cara e o talento para personagens nerds e fracassados. Mas é ela, a linda Elisha Cuthbert que rouba o filme. Estonteante, muito sensual e com talento para a confusão; ela se passa muito bem não apenas como um sonho de consumo de jovens rapazes, mas também como uma doce e apaixonada menina. Ela não ficou muito conhecida, mas pode ser vista no bom terror A Casa de Cera. O diretor deste filme é Luke Greenfield, que não ganhou muito destaque, fazendo o engraçado Animal (de 2001 e com o Rob Schneider) e mais recentemente fez chato O Noivo da Minha Melhor Amiga. Justamente a direção não tem muito destaque.


O filme não é um clássico de conteúdo. Não é uma comédia líder de bilheteria e ousada ao máximo. Não se foca no sexo e perca da virgindade (como seu “pai” American Pie). É uma comédia adolescente, que às vezes toma o rumo de comédia-romântica, que deu muito certo. Porque? Porquê é leve apesar da temática envolvendo o mundo pornô. As piadinhas pesadas estão ali, mas passadas de forma quase ingênua. Só assistindo para entender. Os diálogos e momentos entre o casal são doces (mesmo que maliciosos às vezes). E é nesta mistura que o filme se firma. E as atuações sempre esforçadas facilitam a gostar do filme. Sempre dou muita risada de certas cenas, como a que um amigo da família de Matthew conversa com ele enquanto stripers se esfregam neles. Ou a cena do roubo do “troféu” de cinema pornô. E sem falar nas caras e bocas do empresário e corrupto Timothy Olyphant.


Além de todas piadas abusadas e bobas, além da vizinha ser um colírio para os olhos e além de fazer referência à vários fatores e costumes típicos de filmes para o público adolescente, o filme tem uma trilha sonora irresistível, com várias canções de pop e rock típicas e nostálgicas. Esta é uma das melhores comédias adolescentes dos anos 2000 e faz jus aos conhecidos e badalados American Pie. Este é aquele exemplar de filme delicioso de se assistir. Além disso, sempre haverá o fato que todo rapaz, sem exceções, sempre sonhou em ter uma namorada ex-atriz pornô, mas que tenha seus momentos doces, que nos tire da rotina, que nos cause confusões e nos force a mudar de atitude; e que acima de tudo seja um Show de Vizinha.





NOTA: 8




Direção:  Luke Greenfield



Elenco: Emile Hirsch, Elisha Cuthbert, Timothy Olyphant, James Remar, Chris Marquete, Paul Dano, Timothy Bottoms, Donna Bullock, Jacob Young, Amanda Swisten, Sung-Hi Lee, Ulysses Lee, Harris Laskaway, Olivia Wilde.



Sinopse: Matthew (Emile Hirsch) é um jovem estudante que tem planos ambiciosos e deseja ingressar na carreira política. Após conhecer sua nova vizinha, Danielle (Elisha Cuthbert), eles se apaixonam imediatamente. Porém a situação se complica quando Matthew, e boa parte do bairro em que vive, descobre que Danielle foi uma atriz pornô.















Trailer:





Bônus: clip da canção Turn of the Century de Pete Yorn





   



  









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