Crítica: Drácula 3D (remake 2012)



Direção: Dario Argento


Elenco: Rutger Hauer, Thomas Kretschmann, Asia Argento, Marta Gastini, Unax Ugalde, Miriam Giovanelli, Félix Gómez.


Sinopse: Transilvânia, 1893. Jonathan Harker deixa sua vida na Inglaterra para visitar o afastado castelo do Conde Drácula. Ele foi chamado para catalogar a imensa biblioteca de Drácula, mas em pouco tempo se vê como um prisioneiro do castelo. O Conde se interessa pela vida de Harker, decide procurar sua noiva, Mina Murray, e acaba atacando a amiga desta, Lucy Westenra. Ao ver Lucy enferma, a família convoca o professor Abraham Van Helsing para determinar a causa da doença. Ele logo percebe que ela foi vítima de um vampiro e iniciará sua jornada para tentar pará-lo.




Não vou mentir que tinha certa expectativa para ver este filme. Primeiro, porque amo a clássica história do conde romeno e sua tragédia, que o leva a ficar conhecido como Drácula. Outro motivo seria o excelente diretor italiano Dario Argento, um dos maiores mestres do cinema de terror de todos os tempos. Afinal ele é o diretor de Suspiria, que por inúmeros motivos é o meu filme favorito. Então esperava um grande filme, apesar deste 3D no título e um orçamento pequeno.

O tempo de duração é bom, com quase 2 horas, o que é raro em filmes de terror hoje em dia. No elenco temos o veterano Rutger Hauer (ressuscitaram ele!) como Van Helsing.  Thomas Kretschmann (o capitão do navio no novo King Kong) é o novo Drácula. Embora não seja dos piores atores, ele não tem fôlego suficiente para dar charme e medo ao mesmo tempo. O Drácula, além de assustador, tem que ser sedutor; faz parte da mitologia. E embora ele não seja ruim, como muito vampirinho fraco do cinema hoje; ainda assim faltou algo. A ótima Marta Gastini (de O Ritual) manda bem como a inocente Lucy. Miriam Giovanelli dá um show de nudez e sensualidade. Assim como a querida  Asia Argento (sim, a filha do diretor); também esbanja suas belas curvas italianas.

Alguns efeitos especiais com efeito 3D e elementos jogados contra a câmera são bons. Apenas alguns, pois no geral muitos efeitos são toscos e risíveis. A velocidade rápida de Drácula, sua transformação a partir de uma nuvem de moscas (lembrou A Múmia, quando se materializa de uma nuvem de areia), e o auge do ridículo: Drácula virar um gafanhoto (Louva Deus?) gigante. Foi o cúmulo, de se “louvar a Deus mesmo, de tão ridículo”, conforme um amigo meu comentou. Sinceramente não sei o que fizeram.

A trilha sonora é contraditória. Logo no início toca uma musiquinha que me lembrou filmes antigos. Mas passados alguns minutos, esta musica não me parecia ser de um terror antigo, mas de um filme espacial antigo! Lembra-se daquelas musiquinhas antiquadas quando um alien (homem fantasiado) saia de uma nave espacial (de papelão)? Exato, parece que colocaram a música no filme errado. Funcionaria melhor em um filme tipo “Guerra dos Mundos 3D” (risos). Um equívoco total.
Claro que, algumas mortes são pelo menos sangrentas. O filme é calmo e longo, tentando desenvolver as personagens. Há uma grande quantidade de nudez, mostrando o melhor da Itália. Ok, admito que sou fanático por italianas. Miriam Giovanelli é um colírio, que gatona. Asia Argento ainda está com tudo em cima. Falando nela, até hoje me pergunto o porque do Dario Argento gostar tanto de mostrar sua filha nua em seus filmes. Desde que ela virou a musa de seus filmes, nos aos 90; o diretor gosta de mostrar o que ela tem de melhor. Creio que ele seja extremamente narcisista com sua obra/cria. Tem orgulho da gostosona sua filha. 

Falando nele, um dos poucos pontos da obra é sua direção, que em vários momentos mostra vigor. Seu trabalho com a câmera continua bom, a cena da coruja no início é bem feitinha, ainda consegue mostrar gore, como gargantas cortadas e etc. Mesmo sendo o pior trabalho de sua carreira (já vi uns 15 filmes dele, todos ótimos!), pelo menos ele mostra que ainda poderá dirigir um filme de respeito depois deste. Outro ponto forte é a ótima fotografia. Isso sim o filme tem. Consegue capturar bem a paisagem do lugar em que foi gravado, em BudapesteHungria. A produção de época não é lá espetacular, mas engana bem.


Enfim, o filme escorrega muito. Tempo de duração longo, mas em momentos falta ritmo. Boa fotografia, efeitos e elementos fantásticos de causar dor nos olhos, até mesmo no cabelo. Sangue numa quantidade razoável, mas faltou muito para ser um bom filme, fazer jus ao Drácula e principalmente fazer jus ao Dario Argento, que continua sendo um mestre para mim. Apenas torço para ele não cometer mais estes erros. Se você não o conhece, procure assistir seus filmes, como Suspiria, Prelúdio para Matar, O Fenômeno, Terror na Ópera, Tenebrae; entre outros. São clássicos imperdíveis. E se você quer ver o melhor filme de Drácula de todos os tempos, assista Drácula de Bram Stoker, de 1992. Em breve falarei dele. Até lá, dá pra tirar uma risadas tanto deste filme como da minha crítica, assim não iremos chorar. Se você se diverte com produções de terror mal feitas (eu me incluo), poderá dar boas risadas mesmo. Aproveite a beleza das italianas. Conforme um amigo meu publicou, pelo menos “Drácula não brilha no sol”. E eu acrescento: e pelo menos Drácula não se recusa a sugar uma bela mulher. Aí seria o cúmulo, eu iria correndo “ver o filme do Pelé”. 

PS: Fuck Twilight _|_

NOTA: 4,5


 Bônus: pelo menos esta trilha sonora é boa, para quem curte um Rock meio medieval e de terror.





Bônus: Asia Argento




Bônus: Miriam Giovanelli:



Bônus:  Marta Gastini



Ahhh, as italianas!





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