Crítica: Amanhecer Violento (remake 2012, de Dan Bradley)


Quando se fala em um remake, logo se pensa que o original é um clássico e por isso os produtores fizeram questão de ter uma nova versão. E realmente a grande maioria dos remakes são de clássicos. Mas este filme aqui é remake de um filme não tão clássico: ‘Amanhecer Violento’, de 1984; com Patrick Swayze e Charlie Sheen. O original já não foi tão bem recebido pela crítica, embora os jovens da época tenham curtido. Assim como o original, este remake é um filme mediano, que distrai mas que tem uma ideia ilógica. 


Entre os pontos altos, o elenco é conhecido. Isto não quer dizer que é ótimo, mas quem gosta de ver figurinhas conhecidas não irá se decepcionar. Temos Chris Hemsworth (o ‘Thor’), Josh Hutcherson (de ‘Viagem ao Centro da Terra’ e ‘Jogos Vorazes’),  Isabel Lucas (a garota robô de ‘Transformers 2’), Josh Peck (o Josh do seriadinho ‘Drake e Josh’), além da boa participação do ótimo Jeffrey Dean Morgan (de ‘A Inquilina’ e ‘A Possessão’). Aliás, mesmo que pouco utilizado, Jeffrey vem a ter a melhor atuação do filme. No mais, o filme não tem muito o que exigir do elenco.



A direção somente se mostra boa nas cenas de ação, que são bem equilibradas e diretas. Muito, mas muito tiro ocorre. Batidas de carros, granadas, tanque de guerra, aviões caindo, soldados de pára-quedas atirando nos carros,  luta corporal; rola de tudo. Eu apenas sinto que o diretor tenha optado por uma violência branda. Embora muita violência e ação, muita mesmo; ocorrendo inclusive mortes surpreendentes, o filme aposta em esconder sangue e cadáveres. Nada muito pesado é mostrado. Apenas os baleados caindo ao chão. Fizeram isso para ter uma classificação indicativa mais leve e mais jovens poderem assistir no cinema, gerando mais lucro. Mas isso resultou em falta de verossimilhança. 


As tentativas de criar romance ou drama falham. Não há espaço suficiente para isso. Este filme demorou para sair, pois teve um atraso de 2 anos! Ele deveria ter estreado ainda em 2010. Chegou somente agora e em um período onde pegou concorrência forte (‘As Aventuras de Pi’, ‘O Hobbit’, ‘Os Miseráveis’). Não fez grande sucesso e nem poderia. Mesmo que tenha algumas cenas eletrizantes, que divertem o público menos exigente, ele tem um fator que o deixou muito “capenga”. 


Como os coreanos conseguiriam tomar posse de cidades americanas sem o radar do espaço aéreo captar e jatos irem ao seu encontro? Simplesmente tal ideia foi incabível. Foi a grande falha do roteiro. Se fosse um tipo de golpe de estado do próprio governo americano, seria bem mais fácil de crer na ideia. Sem falar que no momento atual em que vivemos, é bom não cutucarmos tanto os Estados Unidos quanto a Coreia do Norte. Estamos à beira de uma guerra, algo que está mexendo com o psicológico de muita gente ao redor do mundo. Parece que aqui no Brasil isto se passa despercebido. Quase ninguém comenta sobre, apenas em algumas manchetes de jornal. Brasileiros sempre alienados! Mas nos países de primeiro e segundo mundo na Europa e na Ásia (Japão principalmente), estão todos em alvoroço, com planos de esconderijo e até ataque em caso de guerra. 


Como ‘Amanhecer Violento’ já estava no papel à anos, ele não tem culpa de incitar a guerra, porém as próximas produções deverão tomar cuidado. O filme não é um lixo total que muitos disseram. Distrai ao apresentar muitas cenas de ação, bem executadas. Mas para engolir a ideia do filme é necessário desligar o cérebro, comprar doces, refrigerante e pipoca; para aí sim se divertir. 


NOTA: 6


Direção: Dan Bradley

Elenco: Chris Hemsworth, Adrianne Palicki, Josh Peck, Josh Hutcherson, Isabel Lucas , Jeffrey Dean Morgan, Connor Cruise, Edwin Hodge.


Sinopse: uma invasão de soldados soviéticos e cubanos toma conta de uma cidade. À mediada que ela é invadida pelas forças militares, 8 jovens escapam para as montanhas. Adotando o nome da sua equipe de futebol, os Wolverines, eles formam uma guerrilha armada em defesa dos seus pais, amigos e do próprio país.



Trailer:














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