Crítica: O HOBBIT – UMA JORNADA INESPERADA (3 Indicações ao Oscar 2013)





Elenco:Martin Freeman, Ian McKellen, Bill Nighy, James Nesbitt, Adam Brown, Richard Armitage, Aidan Turner, Rob Kazinsky, Graham McTavish, Elijah Wood, Andy Serkis , Christopher Lee, Ian Holm, Orlando Bloom, John Callen, Stephen Hunter, Peter Hambleton, Cate Blanchett, Hugo Weaving, Andy Serkis, Doug Jones, Saoirse Ronan, Billy Connolly.
Direção: Peter Jackson
Sinopse: O Hobbit: Uma Jornada Inesperada segue a aventura do personagem-título Bilbo Bolseiro, que enfrenta uma jornada épica para retomar o Reino de Erebor, terra dos anões que foi conquistada há muito tempo pelo dragão Smaug. Levado à empreitada pelo mago Gandalf, o Cinzento, Bilbo encontra-se junto a um grupo de treze anões liderados pelo lendário guerreiro Thorin Escudo-de-Carvalho. Essa aventura irá leva-los a lugares selvagens, passando por terras traiçoeiras repletas de Goblins e Orcs, Wargs mortais e Aranhas Gigantes, Transmorfos e Magos.

Embora o objetivo aponte para o Leste e ao árido da Montanha Solitária, eles devem escapar primeiro dos túneis dos Goblins, onde Bilbo encontra a criatura que vai mudar sua vida para sempre… Gollum.
A sós com Gollum, nas margens de um lago subterrâneo, o despretensioso Bilbo Bolseiro não só descobre sua profunda astúcia e coragem, que surpreende até mesmo a ele, mas também ganha a posse do “precioso” anel de Gollum, que possui qualidades inesperadas e úteis… Um simples anel de ouro que está ligado ao destino de toda a Terra-Média, de uma maneira que Bilbo nem pode imaginar.




Curiosidades:
* Assim como James Cameron quis inovar o 3D com ‘Avatar’, o diretor Peter Jackson fez o mesmo com ‘O Hobbit’, em termos de definição de imagem. Ele rodou a produção com câmeras de 48 frames (48 quadros por segundo). Atualmente, as câmeras tem a tecnologia de 24 frames (24 quadros por segundo). Supostamente, mais quadros significam um 3D melhor. Mas o resultado não agradou. A Warner Bros. exibiu cenas do filme durante a Cinemacon, convenção para exibidores. A exibição causou estranhamento entre os críticos presentes. Segundo o Los Angeles Times, as cenas parecem feitas para “televisão HD”, tirando a magia das exibições em telas de cinema. O Hollywood Elsewhere revelou que o efeito 3D realmente fica melhor, mas as cenas não possuem borrões de movimento e não parecia algo cinematográfico.
* Orçamento: US$ 270 Milhões
Oscar: está concorrendo em 3 categorias. São elas Melhor Direção de Arte (de Dan Hennah);  Melhor Efeito Visual e  Melhor Maquiagem.


Trailer:




Senhos dos Anéis sem dúvida é a mais impactante saga épica de todos os tempos. Quebrando recordes mundiais de bilheteria e conseguindo a rara aprovação da crítica de cinema, a trilogia abocanhou muitos Oscar. Somente o terceiro filme, O Retorno do Rei; levou 11 Oscar, empatando com Titanic e o clássico BenHur (de 1959). Peter Jackson; o maior fã dos livros de J.R.R. Tolkien (escritor da saga), resolveu então adaptar a pré-sequência de O Senhos dos Anéis, como uma nova trilogia. Eis que em Dezembro sai então O Hobbit – Uma Jornada Inesperada (esta crítica está bem atrasada!) .


Falando do sucesso, este fez bem menos. Foi bem de bilheteria, mas menos do que esperado pelo estúdio. A maior parte da crítica elogiou, mas alguns resmungaram do longo tempo de duração que não acrescentou muito à obra. Alguns também reclamaram do tom mais leve e juvenil que este novo filme tem, sendo menos sério e sombrio que a trilogia inicial. E agora ele chega ao Oscar concorrendo nas 3 categorias que alistei acima, sendo de grandes chances levar o prêmio de melhor maquiagem (um amigo que me alertou disto). Qual minha visão sobre o filme?


Ao final , quando os créditos sobem, digo um “ufa!”, e vem logo em seguida um “ual”. Positivamente digo que O Hobbit faz bonito em nos encantar com uma história fantasiosamente divertida e cheia de honra. O ótimo diretor Peter Jackson mais uma vez me encanta, sendo um dos meus diretores preferidos. É nítido que o diretor tem um profundo respeito não apenas pela saga que criou e consolidou, mas também pela obra literária de J.R.R. Tolkien. O fato do filme ter quase 3 horas de duração mostra isso. Não é cansativo, mas pelo contrário; ele tem este tempo de duração para poder desenvolver bem a história dos personagens, ter cenas de humor (são muitas pois os anões são engraçadíssimos) e mostrar em detalhes todo o vasto universo da Terra Média.

No início dos anos 2000, a trilogia O Senhor dos Anéis gerou uma legião de fãs, alguns até mesmo se dedicando para aprender a “língua élfica” do filme. O que determinou o sucesso foi justamente todo o universo nórdico mitológico que o filme trouxe, mas mantendo uma moral simples, como fé, amor, amizade; e a que mais em chama a atenção: de que às vezes o sujeito mais inesperado é justamente do que o mundo precisa. O Hobbit traz de volta todo este universo, de maneira simples e sincera, mas sempre com o melhor dos efeitos especiais. Aliás; digo sem medo que Peter Jackson é o mais megalomaníaco diretor da atualidade. Não acredita? Assista a trilogia O Senhos dos Anéis, King Kong (o remake de 2005) e este primeiro O Hobbit! Ação desenfreada, efeitos especiais surreais e  longos tempos de duração. Mas tudo isso sem perder a emoção e o tom certo. Este O Hobbit é mais um belo acerto de mão do diretor.
Realmente este novo filme é mais leve e menos sombrio que a trilogia inicial. E não teve o mesmo impacto porque justamente não é o primeiro. Os originais de qualquer saga sempre serão os clássicos e acabou! Mesmo assim devo dizer que ainda teremos dois longos filmes, então a tensão na trama está só começando. Há muito o que esquentar. Este primeiro logicamente deveria ser mais calmo e sem discussões. E olha o que estou dizendo, porque na metade final do filme, que é cerca de 1 hora e 20 minutos, o que não acontece é justamente ser um filme calmo. Sim amigo leitor, defendo fielmente esta ótima adaptação.

Visualmente, é um dos mais belos trabalhos dos últimos anos. A direção de arte é fabulosa. Tudo, mas absolutamente tudo é grandioso. O roteiro funciona bem, sendo bem fiel aos livros. Os cenários estonteantes enchem os olhos. A trilha sonora arrepia e se adapta muito bem às cenas em questão. O elenco também surpreende, tendo atuações boas e nada caricatas (o que é comum em filmes de fantasia). Quem conhece a saga terá grandes surpresas, como a aparição dos belos e bem elaborados elfos (repare na bela  Cate Blanchett rejuvenescida digitalmente), o mago Saruman (vivido pelo sempre ótimo Christopher Lee), a hilária cena com os Trolls, além do mega esperado  encontro entre Bilbo e Gollum (Smigol se preferir). Cenas de ação e aventura miraborantes, como montanhas de pedra brigando, ou um trenó puxado por velozes coelhos; são só alguns exemplos do que você está para ver.


Fazia tempo que não tínhamos uma fantasia tão deliciosa de se assistir. Faz jus à grandiosidade da produção, arrebenta em efeitos especiais e características visuais, além de conseguir fazer com que você tenha carisma e torcer por cada um dos nossos heróis. Altamente recomendado, mas somente a quem realmente viu e se tornou fã de O Senhor dos Anéis. Que leve algum Oscar na noite de amanhã. E que venham as continuações!

NOTA: 9,5

O filme em uma frase: O Hobbit – Uma Jornada Inesperada é uma fantasia nostálgica, que nos leva de volta à Terra Média em grande estilo, respeitando a trilogia inicial de O Senhor dos Anéis e provando ser a saga épica de que o mundo estava precisando.

Mapa da Terra Média.

Fotos e Wallpapers do filme:









  





  











  





























  



















  



  


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